A dificuldade em expressar sentimentos não é fraqueza — é um sintoma de uma cultura que silencia o mundo emocional masculino.
Desde muito cedo, meninos são ensinados a reprimir o que sentem. Ou escutam que “homem não chora” ou aprendem que expressar emoções é sinal de fraqueza. Com o tempo, internalizam a ideia de que o silêncio emocional é uma virtude — e seguem assim até que o corpo ou a vida comecem a cobrar esse silêncio.
A dificuldade de falar sobre o que se sente não é uma escolha consciente. É fruto de uma história. E, como toda história, pode ser ressignificada.
O que acontece quando os sentimentos são reprimidos?
A repressão emocional pode se manifestar de diferentes formas: ansiedade, irritabilidade, apatia, dificuldade de se vincular ou até mesmo doenças psicossomáticas. Em muitos casos, o homem não percebe que está sofrendo — apenas sente que está desconectado, vazio ou constantemente exausto.
Na tentativa de evitar o sofrimento, cria-se uma armadura. Mas essa armadura, com o tempo, isola. O sujeito deixa de se reconhecer, de se escutar, de se conectar com quem está ao seu redor. Viver torna-se uma tarefa mecânica.
O espaço terapêutico como lugar de reconstrução
A psicoterapia oferece um ambiente seguro para que esses sentimentos possam, enfim, emergir. Sem julgamentos, sem pressões, sem expectativas. Um lugar onde o homem pode, aos poucos, encontrar palavras para o que antes era apenas peso no peito ou nó na garganta.
A escuta psicanalítica, em especial, respeita o tempo do sujeito. Não há pressa para “melhorar” ou “produzir respostas”. Há, sim, um compromisso ético com o sofrimento que precisa ser nomeado para poder ser transformado.
Falar não é sinal de fraqueza. É sinal de saúde.
Buscar ajuda psicológica não significa que você perdeu o controle da vida. Significa que você escolheu se escutar. Significa que está disposto a viver de forma mais verdadeira — com mais liberdade, mais consciência e mais vínculo consigo mesmo.
Se você sente que algo dentro de você precisa mudar, mas não sabe por onde começar, a psicoterapia pode ser esse ponto de partida.
Homens também sofrem. Homens também sentem. E homens também podem ser cuidados.
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