Por Que é Tão Difícil Falar Sobre o Que Sinto? Especialmente Para os Homens

A dificuldade em expressar sentimentos não é fraqueza — é um sintoma de uma cultura que silencia o mundo emocional masculino.

Desde muito cedo, meninos são ensinados a reprimir o que sentem. Ou escutam que “homem não chora” ou aprendem que expressar emoções é sinal de fraqueza. Com o tempo, internalizam a ideia de que o silêncio emocional é uma virtude — e seguem assim até que o corpo ou a vida comecem a cobrar esse silêncio.

A dificuldade de falar sobre o que se sente não é uma escolha consciente. É fruto de uma história. E, como toda história, pode ser ressignificada.

O que acontece quando os sentimentos são reprimidos?

A repressão emocional pode se manifestar de diferentes formas: ansiedade, irritabilidade, apatia, dificuldade de se vincular ou até mesmo doenças psicossomáticas. Em muitos casos, o homem não percebe que está sofrendo — apenas sente que está desconectado, vazio ou constantemente exausto.

Na tentativa de evitar o sofrimento, cria-se uma armadura. Mas essa armadura, com o tempo, isola. O sujeito deixa de se reconhecer, de se escutar, de se conectar com quem está ao seu redor. Viver torna-se uma tarefa mecânica.

O espaço terapêutico como lugar de reconstrução

A psicoterapia oferece um ambiente seguro para que esses sentimentos possam, enfim, emergir. Sem julgamentos, sem pressões, sem expectativas. Um lugar onde o homem pode, aos poucos, encontrar palavras para o que antes era apenas peso no peito ou nó na garganta.

A escuta psicanalítica, em especial, respeita o tempo do sujeito. Não há pressa para “melhorar” ou “produzir respostas”. Há, sim, um compromisso ético com o sofrimento que precisa ser nomeado para poder ser transformado.

Falar não é sinal de fraqueza. É sinal de saúde.

Buscar ajuda psicológica não significa que você perdeu o controle da vida. Significa que você escolheu se escutar. Significa que está disposto a viver de forma mais verdadeira — com mais liberdade, mais consciência e mais vínculo consigo mesmo.

Se você sente que algo dentro de você precisa mudar, mas não sabe por onde começar, a psicoterapia pode ser esse ponto de partida.

Homens também sofrem. Homens também sentem. E homens também podem ser cuidados.

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Alberto de Moura Ribeiro
Psicólogo Clínico | CRP 06/78552
Atendimento a adolescentes, jovens e adultos
Abordagem psicanalítica com base na teoria de Donald Winnicott

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Sobre o Autor

Alberto de Moura Ribeiro é Psicólogo Clínico com mais de 20 anos de experiência no atendimento de adolescentes, jovens e adultos. Atua com base na Psicanálise, especialmente na teoria de Donald Winnicott, oferecendo escuta qualificada para quem busca compreender seus conflitos e encontrar novos caminhos.

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