Você muda de ambiente, de pessoa, de contexto — mas os conflitos se repetem. Essa repetição tem um nome: história emocional não elaborada.
É comum ouvirmos relatos como: “Sempre acabo com pessoas parecidas”, “No trabalho, sempre me sinto ignorado”, “Não importa o que eu faça, sou sempre o responsável pelos problemas”. Quando padrões se repetem com frequência, é sinal de que algo está se repetindo dentro.
A lógica inconsciente da repetição
A psicanálise nos mostra que o sujeito tende a repetir aquilo que não conseguiu elaborar. É como se o psiquismo buscasse, em novos cenários, reviver experiências antigas não resolvidas. Mas esse movimento, longe de ser consciente, é uma tentativa de resgatar algo que ficou inacabado.
Se na infância houve rejeição, ausência ou negligência, é possível que o adulto inconscientemente busque repetir essa experiência — na tentativa inconsciente de, desta vez, “dar certo”. O problema é que, muitas vezes, a dor apenas se repete.
Como romper o ciclo?
É preciso tornar consciente o que está sendo repetido. E isso só é possível em um espaço de escuta qualificada. A psicoterapia oferece as condições necessárias para que o sujeito possa olhar para essas repetições com profundidade, compreendê-las e transformá-las.
Ao nomear os afetos envolvidos nesses padrões, o paciente se reposiciona. Deixa de ser refém de movimentos automáticos e passa a ter mais liberdade para construir novos vínculos e escolhas mais saudáveis.
Entender é o primeiro passo para mudar
Romper padrões não é simples, mas é possível. Requer coragem, presença e um desejo verdadeiro de se reencontrar. O que se repete pode, sim, ser transformado — desde que escutado com seriedade.
Se você sente que está sempre voltando ao mesmo lugar, talvez esteja na hora de olhar para dentro com mais cuidado.
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